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Conta-se que um jovem caminhava pelas
montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos
sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades. E porque se
demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe
aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse. Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente. Seus cabelos
tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se
enche de profundos vincos. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro.
Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam
os poetas? Dirige-se ao sábio
e lhe fala com voz embargada: Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos. Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida. Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura. Não verei suas
mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.
O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. É nesses
sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno
amor.
O sentimento
que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão
ilusória. As flores, por
mais belas que sejam, um dia murcham e morrem... Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.
Preciosa Colaboração de amenco@sti.com.br
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