Fábula da Convivência Durante
uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por
densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e
morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições de clima hostil. Foi
então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e
sobreviver, começou a se unir, ajuntar-se mais e mais. Assim, cada um
podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos,
agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno
tenebroso. Porém,
vida ingrata, os espinhos de cada um começam a ferir os companheiros mais próximos,
justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital, questão de vida ou
morte. E
afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportar mais
tempo os espinhos de seus semelhantes. Doíam
muito... Mas
essa não foi a melhor solução.Afastados, separados, logo começaram a morrer. Os
que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções,
de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima
, mas o suficiente para
conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar nenhum
dano recíproco. Assim
suportaram-se resistindo à era glacial. Sobreviveram. É
fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio! “Todos
nós somos anjos de uma asa só e, para voarmos precisamos estar abraçados uns
aos outros”. Autor:
Antônio Carlos Caio Viegas
Preciosa Colaboração de
Andreia |
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