Onde está a diferença?

Certa mãe carregando nos braços um bebê, entrou num consultório médico e, diante deste, começou a lamuriar-se:

– Doutor, o senhor precisa me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas sim num espaço grande entre um e outro.

Indaga o médico:

– Muito bem... e o que a senhora quer que eu faça?

A mulher, já esperançosa, respondeu:

– Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.

O médico pensou alguns minutos e disse para a mulher:

– Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorria, certa que o médico aceitara o seu pedido, quando o ouviu dizer:

– Veja bem, minha senhora... para não ficar com dois bebês em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer...

Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar o que a senhora tem nos braços é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.

A mulher apavorou-se:

– Que horror!!! Matar uma criança é crime!!! É infanticídio!!!

O médico sorriu e, depois de algumas considerações, mostrou a mãe de que não existe a menor diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive no seio materno) e uma já crescida.

O crime é exatamente o mesmo.

Texto extraído do Expresso Vida nº 28 (03 de Setembro de 2000), adaptado por Mely.

Preciosa colaboração de Elaine Cristina elaine_kriska@yahoo.com.br  


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