No começo, iniciei meu curso de teatro, mas a dificuldade da
língua, costumes, e a discriminação por parte de alguns japoneses acabou gerando uma
grande desilusão dentro de mim. Eu não conseguia me adaptar ao estilo de vida japonês e
tive alguns problemas com iijime (maus-tratos) na escola, pelo fato de ser a única
estrangeira.
Pouco a pouco, fui me tornando uma pessoa solitária, triste e
revoltada como o modo de pensar dos japoneses e chorava todos os dias, com o sentimento de
retornar ao Brasil. Toda esta situação, acabou gerando uma grande preocupação para os
meus pais.
Nesta ocasião, tive o primeiro contato com os membros do Grupo
Esperança e fui ao Centro Internacional da Amizade, localizado em Shinjuku, Tóquio, onde
tive a oportunidade de ouvir rigorosas palavras de incentivo.
A partir daquele dia, comecei a desafiar no daimoku e a participar
ativamente nas atividades, porque até então, eu não entendia muito a luta da
organização japonesa e ficava cada vez mais confusa.
Os resultados não demoraram a aparecer. Em fevereiro deste ano,
participei de um concurso de modelo para quimono com mais de 4.500 moças do Japão
inteiro e tive a boa sorte de ficar entre as 30 escolhidas para trabalhar nesta agência,
que também é a maior escola de quimono do Japão.
Logo após, em abril, participei de mais um concurso. Para ser a
race queen (rainha da corrida) do autódromo de Suzuka, onde é realizada as
corridas de Fórmula 1 no Japão. Lá estava eu mais uma vez, com mais de 450 candidatas e
mais uma vez, tive a boa sorte de ficar em primeiro lugar.
Nesse dia, eu me lembro que estava preocupada, pois a minha mãe
estava no hospital se recuperando de uma operação e em nenhum momento, eu deixei de
recitar o daimoku.
Com base no gosho: "Não há oração sem resposta", pude
comprovar a força do Gohonzon. Agradeço do fundo do coração, aos companheiros de luta,
por todo o apoio, aos meu pais pela compreensão e incentivos e ao meu mestre Daisaku
Ikeda por ter propagado ao mundo este maravilhoso budismo. Muito Obrigada.