Relato de Experiência
Ariel Ricci
Nasci no Uruguay em 1.952, por tanto tenho 47 anos de idade. Vinte anos
atrás vim morar no Brasil e moro em São Paulo desde 1.983. Em 1.985 trouxe meus pais
para morarem no Brasil. No início de 1.995 conheci o Verdadeiro Budismo de Nitiren
Daishonin através de minha atual mulher, Marly, que pratica desde os 12 anos de idade. Me
converti em 1.996 e recebi o Gohonzon em 1.997. Atualmente, meu filho Diego, de 14 anos,
que mora no interior de São Paulo junto com minha filha Bruna de 16 anos, está
realizando sua prática provisória.
Nas minhas orações
tenho sempre presente minha mãe, Lydia, que faleceu antes que eu conhecesse o Verdadeiro
Budismo. Meu pai Gilberto, ou "Tito", atualmente com 79 anos, participou de
algumas cerimônias e já recitou o NAM-MYOHO-RENGUE-KYO em algumas ocasiões,
apesar de ter sido ateu a vida inteira.
O que me leva a
realizar o seguinte relato de experiência é pura e exclusivamente um profundo sentimento
de gratidão ao Gohonzon.
No mês de outubro
passado, meu pai Tito, num simples acidente doméstico, tropeçou e quebrou dois dedos do
pé direito. Levado ao hospital, foi colocado um gesso provisório, até o joelho, que
deveria ser trocado, em vinte dias, pelo definitivo, tipo botinha.
No dia que completava
esse prazo, 18 de novembro de 1.999 (aniversário da fundação da Soka Gakkai e do
falecimento de Makiguti Sensei), foi levado pela minha mulher e por mim para efetuar esse
procedimento, no Hospital do Servidor Público Municipal.
Apesar de muitas
pessoas estarem aguardando por atendimento (inclusive pessoas baleadas e esfaqueadas
deitadas no chão), foi atendido imediatamente, sem precisar ficar esperando nos
corredores.
Para surpresa dos
médicos, e ainda mais de nossa parte, o pé apresentava uma ferida de aspecto horrível e
cheia de pus.
O diagnóstico foi de
que uma micose entrou até embaixo da proteção do gesso e virou uma celulite que corroeu
o pé.
O chefe de equipe,
olhando para mim disse que seria necessário amputar o pé.
Nesse instante
determinei que isso não seria necessário. Meu pai não seria mutilado e viveria o resto
de sua vida com dignidade, como o fez até agora.
Assim o fiz saber aos
médicos e iniciei imediatamente a recitação do Daimoku. Só que com uma intensidade e
convicção muito maior do que até aquele momento. A VIDA DO MEU PAI ESTAVA EM JOGO E
DEPENDIA DE MIM, DA MINHA CONVICÇÃO, DA MINHA FÉ.
Logo após ter iniciado
a recitação do NAM-MYOHO-RENGUE-KYO chegaram vários outros médicos para cuidar do meu
pai. Pareciam os budas das 10 direções respondendo ao chamado. Num hospital público de
São Paulo, 5 médicos (2 deles chefes de equipe) para cuidar do meu pai!!!
Um deles, inclusive
ficou afagando a cabeça do meu pai enquanto o incentivava...
E não eram enfermeiras
que faziam o curativo. Eram os próprios médicos, um deles inclusive sem uniforme e sem
se preocupar em sujar a roupa. Quem conhece a realidade de nossos hospitais sabe que é
uma situação inusitada...
Todos eles concordavam
com a necessidade de efetuar, imediatamente, a amputação do pé.
Nesse momento, lembrei
que "a voz executa o trabalho do Buda" e comecei a recitar o
NAM-MYOHO-RENGUE-KYO em voz alta, determinado a salvar a integridade física do meu pai.
Em nenhum instante
duvidei que conseguiria. Sabia que o Gohonzon é maravilhoso e que "não existe
oração sem resposta".
Ao mesmo tempo, soube
que era o momento de mostrar que eu sou um Buda, já que pratico o Verdadeiro Budismo de
Nitiren Daishonin, e, com sentimento de gratidão ao meu pai, "praticar o bem
maior".
Enquanto isso, minha
mulher e eu presenciávamos como eram cortados com o bisturi pedaços de carne necrosada
(morta) do pé do meu pai... mas eu não desanimava... eu tinha a condição de
"transformar o veneno em remédio"... sabia também que o Daimoku e minha fé
eram mais poderosos do que a própria medicina.
A tesoura entrava pelo
peito do pé e saia pela lateral... e os médicos providenciando a cirurgia para a
amputação... e mais pedaços do pé do meu pai eram cortados, sem anestesia, já que
pelo fato dos tecidos estarem mortos não existia sensibilidade.
Quando começaram a
eliminar o pus, a dor e o sofrimento se apoderaram do meu pai, que, mesmo contorcendo-se
pela dor, agüentava bravamente.
E meu Daimoku ecoando
pela sala e preenchendo o corpo do meu pai... enchendo seu pé de vida... de energia
vital...
Um dos médicos
perguntou o que era esse mantra. Nem parei para responder. Continuei orando enquanto minha
mulher respondia com orgulho e convicção que nós éramos budistas. E o médico pediu
para que eu continuasse a orar, porque meu pai estava precisando muito.
Logo em seguida, o
médico que estava cortando toda a carne morta do pé, disse que iria ver os tendões e
levantou dois com uma pinça, olhou para mim e disse que "lamentavelmente tinham sido
afetados". Meu Daimoku continuava firme. Jogaram soro e, o mesmo médico, disse
"que estranho... está tudo bem". Terminou de limpar o pé e fez o curativo,
dizendo que as horas seguintes seriam críticas para determinar a necessidade, ou não, de
cirurgia.
Saí da sala e procurei
na rua um telefone para ligar para meu antigo Shibutyo para solicitar-lhe que recitasse
Daimoku pela recuperação do meu pai. Mais uma vez fui rigorosamente incentivado por ele.
Quando desliguei, vi duas senhoras passando ao meu lado e perguntei-lhes se eram da Gakkai
já que vinham da direção da BSGI, onde estava programado o Gongyo alusivo à fundação
da Soka Gakkai, e principalmente, a aparência de ambas demonstrava que eram pessoas com
um elevado estado de vida. Não me enganei e, quase chorando pelo momento que estava
vivendo, solicitei-lhes também que recitassem Daimoku para meu pai. Sei que o fizeram e
gostaria que lessem este relato para que saibam da minha gratidão...
Meu pai também não
teve problemas para conseguir uma vaga e até acharam a última cama grande disponível,
para que estivesse confortavelmente instalado, devido à sua estatura.
A internação foi
feita pela equipe cirúrgica, pois os médicos ainda achavam que seria necessária a
amputação do pé.
No dia seguinte, quando
fomos visitar meu pai e obter notícias do seu estado de saúde, os médicos olhavam para
minha mulher e para mim como perguntando "o que vocês fizeram ontem???". Eles
não só estavam surpresos pelo fato de não ter sido necessária a cirurgia... estavam
surpresos também, e repetiram isso por vários dias, pela recuperação assombrosa, para
uma pessoa de quase oitenta anos...
Explicamos aos médicos
que existem inúmeros casos em que a recitação do NAM-MYOHO-RENGUE-KYO transformou a
realidade diagnosticada pelos médicos.
Depois de 12 dias de
internação, durante os quais foi tratado com muito carinho e dedicação por médicos e
enfermeiras, meu pai recebeu alta. Durante esse período todo, conseguimos visitá-lo
sempre, várias vezes por dia, fora do horário de visitas, já que por motivo de nossas
atividades profissionais era impossível fazé-lo no horário estabelecido.
Era quase
inacreditável a nossa boa sorte. Tudo estava ao nosso favor.
Aí surgiu uma nova
dificuldade. Nossa empresa estava num período de crescimento e trabalhávamos o dia todo,
até tarde da noite. Ao mesmo tempo, a situação financeira não permitia a contratação
de uma enfermeira para fazer 2 curativos por dia e cuidar do meu pai enquanto estávamos
fora de casa. Minha esposa assumiu essa responsabilidade, quando, cansada de tanto
trabalhar, achava um instante livre para cuidar do meu pai.
Mas aí surgiram novos
benefícios. Novos clientes contrataram nossos serviços, o faturamento da empresa
aumentou, e foi possível contratar uma senhora para ajudar nos afazeres da casa e cuidar
do meu pai.
No dia de ontem, 19 de
janeiro de 2.000, o pé do meu pai, aquele mesmo pé que ia ser amputado, terminou seu
processo de cicatrização e está perfeito.
Meu pai já está
andando em casa e em poucos dias estará saindo novamente para caminhar nos jardins do
condomínio onde moramos (e estarmos morando neste apartamento é outro relato de
experiência maravilhoso!!!).
Quero esclarecer mais
uma vez que o motivo deste relato é manifestar meu profundo agradecimento ao Gohonzon.
Não é um relato para
alguém pensar "que maravilha como esse cara conseguiu vencer" já que cada um
que ler este relato possui as mesmas condições para transformar as mais difíceis
situações. Essa condição chama-se estado de Buda. E basta a recitação convicta do
Daimoku do NAM-MYOHO-RENGUE-KYO para manifestar esse estado de vida. No meu caso, serviu
para poder transferir para meu querido pai toda a boa sorte acumulada ao longo das minhas
existências.
Ao mesmo tempo a eterna
gratidão ao meu mestre, Ikeda Sensei, pela sua rigorosidade ao nos incentivar e orientar.
Esses seus rigorosos incentivos e orientações estavam vivos em mim na hora em que lutava
pelo meu pai. OBRIGADO SENSEI !!!
E também a gratidão
ao meu pai, pois foi pelo seu sofrimento, pela sua dor, que fui "obrigado" a
recitar esse Daimoku maravilhoso.
Ariel Ricci
Preciosa Colaboração de
Ariel Ricci
ahricci@gmail.com
As Mais Belas Histórias
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