Tive a oportunidade de participar de
diversas atividades culturais promovidas pela BSGI nos anos de 1984, 1988 e 1990. No ano
de 1988, conheci um rapaz e após três anos de namoro, casei-me aos dezoito anos. Logo
após o nascimento do meu primeiro filho, comecei a sentir insuportáveis dores nas juntas
das mãos, meu rosto ficou cheio de manchas avermelhadas, meu corpo começou a inchar e
tinha febre alta que me levava a delírios.
Depois de consultar vários médicos,
foi constatado que eu possuía uma doença chamada Lupus Eritimatoso Sistêmico, sendo que
o médico me alertou que esta é uma doença grave, comparada a um câncer. Neste momento,
muni de coragem e orei o Nam-myoho-rengue-kyo, tendo como base o gosho Carta a
Kyoo: "O Nam-myoho-rengue-kyo é como o rugido de um leão, que doença pode,
portanto ser um obstáculo?".
Em pouco tempo, consegui um tratamento
gratuito num ótimo hospital e nunca mais tive crises do Lupus.
Quando completei três anos de
casamento, meu marido veio a falecer no Japão, devido a um acidente de trabalho. Nessa
época, estava grávida de gêmeos e já tinha meu primogênito com três anos. Devido ao
Lupus, não deveria ficar grávida, muito menos de gêmeos. Os médicos alertaram que
havia poucas chances de eu ter os bebês e que a minha gravidez seria de altíssimo risco,
ou seja, ou eu, ou os bebês poderiam morrer. Mas imbuída de uma forte determinação
determinei ser vitoriosa. Assim, após vinte e um dias do falecimento do meu marido,
nasceram os gêmeos super-saudáveis e a minha saúde estava ótima. Hoje, tenho a certeza
de que através do intenso daimoku meu e de todas as minhas companheiras, tudo ocorreu
bem.
Com o apoio da minha mãe, pude cumprir
com as minhas obrigações do lar e dedicar-me nas atividades. Com esta luta, consegui
superar todas as dificuldades com sabedoria e benevolência. Nessa época, recebi os
incentivos da Sra. Hosoya, que me transmitiu um trecho da Nova Revolução Humana, onde o
presidente Ikeda incentiva uma senhora que acabara de ficar viúva: "Não se aflija.
Desde que se empenhe na prática da fé, certamente conseguirá ser feliz. É para isso
que existe o budismo. A senhora está passando por todos esses infortúnios e sofrimentos,
justamente para cumprir uma nobre missão que somente a senhora é capaz de concretizar.
Se ficar martirizando como prisioneira do seu carma tudo acabará em derrota".
Senti como se aquelas palavras fossem
escritas para mim.
No ano de 1994, um ano após o
falecimento do meu marido, recebi a notícia de que a empresa onde ele sofreu o acidente
fatal não reconhecera o seu falecimento como acidente, e sim como algo provocado
intencionalmente, ou seja, um suicídio.
A partir dai, houve uma grande
transformação em minha vida. Decidi que iria provar a justiça, pois tanto eu como o meu
marido sempre nos empenhavamos juntos na prática da fé, e agora eu tinha três filhos
que se tornarão grandes valores para a paz mundial. Logo, intensifiquei o meu daimoku e
neste período sofri muitas humilhações, pois ao meu redor haviam pessoas que
acreditavam que o meu marido poderia ter provocado o acidente. Nestes momentos, orava para
ter a sabedoria de como agir.
No ano de 1995, consegui um renomado
advogado, que indignado com as injustiças, se prontificou a levar o meu caso adiante.
Apesar de não meu conhecer, ele me tranquilizou, declarando que iríamos provar a
justiça.
No ano de 1997, após três anos do
falecimento do meu marido, recebi uma grande notícia. O advogado entrou em contato comigo
e anunciou a nossa vitória. A minha alegria foi imensa e sem palavras recitei o daimoku.
Hoje, acredito que estou fazendo a
minha tão almejada revolução humana. Não sinto nenhum rancor da empresa ou das pessoas
que não acreditavam na verdade. Sempre tive a certeza da vitória e a cada ano que se
passava, eu renovava meus objetivos, orando até conseguir concretizá-los.
No trecho do gosho A Abertura dos
Olhos, consta: "O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais, o
que prometera nas horas normais". Assim, agora tenho condições de criar dignamente
os meus filhos. Leonardo e os gêmeos Bruno e Caíque, que são lindos e saudáveis.
Pude adquirir uma pensão que me
proporciona estabilidade financeira, e minha saúde também está ótima. Como orienta o
presidente Ikeda: "O importante é cumprir nosso dever pessoal, nosso compromisso.
Não importa o que os outros digam: essa é uma vida de verdadeira vitória, uma vida de
insuperável nobreza e realização". Hoje, atuo como responsável de comunidade da
divisão das senhoras e no descortinar do ano 2000, vou conseguir concretizar um objetivo
que trago desde a minha adolescência, que é cursar uma faculdade. Sou eternamente grata
a todos os companheiros e ao presidente Ikeda por ter trazido este maravilhoso ensino ao
Brasil. Muito Obrigada !