Relato de Experiência
Adriana Matayoshi de Lima


Me chamo Adriana Matayoshi de Lima e atualmente resido no bairro de Vila Ema, na cidade de São Paulo. Nasci numa família que já possuía o Gohonzon e praticava o Budismo de Nitiren Daishonin. Tive uma infância bastante difícil, pois o meu pai faleceu quando eu estava para completar quatro anos de idade. Assim, a minha mãe lutou bastante para criar três filhos, sendo eu a caçula, e sempre nos direcionou para a prática da fé.

Tive a oportunidade de participar de diversas atividades culturais promovidas pela BSGI nos anos de 1984, 1988 e 1990. No ano de 1988, conheci um rapaz e após três anos de namoro, casei-me aos dezoito anos. Logo após o nascimento do meu primeiro filho, comecei a sentir insuportáveis dores nas juntas das mãos, meu rosto ficou cheio de manchas avermelhadas, meu corpo começou a inchar e tinha febre alta que me levava a delírios.

Depois de consultar vários médicos, foi constatado que eu possuía uma doença chamada Lupus Eritimatoso Sistêmico, sendo que o médico me alertou que esta é uma doença grave, comparada a um câncer. Neste momento, muni de coragem e orei o Nam-myoho-rengue-kyo, tendo como base o gosho ‘Carta a Kyo’o: "O Nam-myoho-rengue-kyo é como o rugido de um leão, que doença pode, portanto ser um obstáculo?".

Em pouco tempo, consegui um tratamento gratuito num ótimo hospital e nunca mais tive crises do Lupus.

Quando completei três anos de casamento, meu marido veio a falecer no Japão, devido a um acidente de trabalho. Nessa época, estava grávida de gêmeos e já tinha meu primogênito com três anos. Devido ao Lupus, não deveria ficar grávida, muito menos de gêmeos. Os médicos alertaram que havia poucas chances de eu ter os bebês e que a minha gravidez seria de altíssimo risco, ou seja, ou eu, ou os bebês poderiam morrer. Mas imbuída de uma forte determinação determinei ser vitoriosa. Assim, após vinte e um dias do falecimento do meu marido, nasceram os gêmeos super-saudáveis e a minha saúde estava ótima. Hoje, tenho a certeza de que através do intenso daimoku meu e de todas as minhas companheiras, tudo ocorreu bem.

Com o apoio da minha mãe, pude cumprir com as minhas obrigações do lar e dedicar-me nas atividades. Com esta luta, consegui superar todas as dificuldades com sabedoria e benevolência. Nessa época, recebi os incentivos da Sra. Hosoya, que me transmitiu um trecho da Nova Revolução Humana, onde o presidente Ikeda incentiva uma senhora que acabara de ficar viúva: "Não se aflija. Desde que se empenhe na prática da fé, certamente conseguirá ser feliz. É para isso que existe o budismo. A senhora está passando por todos esses infortúnios e sofrimentos, justamente para cumprir uma nobre missão que somente a senhora é capaz de concretizar. Se ficar martirizando como prisioneira do seu carma tudo acabará em derrota".

Senti como se aquelas palavras fossem escritas para mim.

No ano de 1994, um ano após o falecimento do meu marido, recebi a notícia de que a empresa onde ele sofreu o acidente fatal não reconhecera o seu falecimento como acidente, e sim como algo provocado intencionalmente, ou seja, um suicídio.

A partir dai, houve uma grande transformação em minha vida. Decidi que iria provar a justiça, pois tanto eu como o meu marido sempre nos empenhavamos juntos na prática da fé, e agora eu tinha três filhos que se tornarão grandes valores para a paz mundial. Logo, intensifiquei o meu daimoku e neste período sofri muitas humilhações, pois ao meu redor haviam pessoas que acreditavam que o meu marido poderia ter provocado o acidente. Nestes momentos, orava para ter a sabedoria de como agir.

No ano de 1995, consegui um renomado advogado, que indignado com as injustiças, se prontificou a levar o meu caso adiante. Apesar de não meu conhecer, ele me tranquilizou, declarando que iríamos provar a justiça.

No ano de 1997, após três anos do falecimento do meu marido, recebi uma grande notícia. O advogado entrou em contato comigo e anunciou a nossa vitória. A minha alegria foi imensa e sem palavras recitei o daimoku.

Hoje, acredito que estou fazendo a minha tão almejada revolução humana. Não sinto nenhum rancor da empresa ou das pessoas que não acreditavam na verdade. Sempre tive a certeza da vitória e a cada ano que se passava, eu renovava meus objetivos, orando até conseguir concretizá-los.

No trecho do gosho ‘A Abertura dos Olhos’, consta: "O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais, o que prometera nas horas normais". Assim, agora tenho condições de criar dignamente os meus filhos. Leonardo e os gêmeos Bruno e Caíque, que são lindos e saudáveis.

Pude adquirir uma pensão que me proporciona estabilidade financeira, e minha saúde também está ótima. Como orienta o presidente Ikeda: "O importante é cumprir nosso dever pessoal, nosso compromisso. Não importa o que os outros digam: essa é uma vida de verdadeira vitória, uma vida de insuperável nobreza e realização". Hoje, atuo como responsável de comunidade da divisão das senhoras e no descortinar do ano 2000, vou conseguir concretizar um objetivo que trago desde a minha adolescência, que é cursar uma faculdade. Sou eternamente grata a todos os companheiros e ao presidente Ikeda por ter trazido este maravilhoso ensino ao Brasil. Muito Obrigada !

Preciosa Colaboração de
Charles Tetsuo Chigusa chigusacharles@hotmail.com Tóquio - Japão

 

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