Relato de Experiência
Mário Sesoko


Meu nome é Mário Sesoko, tenho 67 anos e cheguei ao Japão no início de 2001, junto com a minha neta. A princípio decidi vir ao Japão, após o falecimento da minha esposa ocorrido no final de 1999. Ela sempre teve muita vontade de conhecer o Japão, mas mesmo em memória, sinto que estou realizando o seu grande sonho, ao mesmo tempo que estou revendo os meus dois filhos após oito anos.

Logo que chegamos ao Japão, tivemos que morar no apartamento da empreiteira e dividí-lo com um outro rapaz que morava junto com o meu filho. Além disso, o serviço do meu filho estava bem devagar e sem nenhuma hora extra e devido ao alto custo de vida no Japão, as despesas aumentaram, sendo que eu e a minha neta decidimos conseguir um emprego. 

Decidi consagrar o Gohonzon e em paralelo, o meu filho começou a ter horas-extras e evoluir no local de trabalho. Devido a minha idade e de não dominar o idioma japonês, tive muita dificuldade em obter alguma vaga. Neste momento reli uma frase da escritura de Nitiren Daishonin – Resposta a Kyo’o - como uma diretriz para a minha luta, que diz: “Diz-se que o Leão, o rei dos animais, avança três passos e recua um para saltar, desprendendo a mesma força quando apanha uma diminuta formiga ou ataca ferozes animais. Ao inscrever este Gohonzon para sua proteção, Nitiren é igual ao Rei-leão. É isto o que o sutra quer dizer com “a força de um leão no ataque”. Creia neste Gohonzon com todo o coração. O Nam-myoho-rengue-kyo é como o rugido de um leão. Que doença pode, portanto, ser um obstáculo ?”

Assim objetivei recitar 300 mil daimoku visando conseguir uma posição para mim e a minha neta, e um apartamento para nós três. Como o meu filho e o companheiro de apartamento trabalham à noite, eu não podia fazer muito barulho e acender a luz, para que pudessem descansar. Assim, passei a recitar o daimoku basicamente no escuro, orando mentalmente em frente ao Gohonzon de uma até dez horas diárias, sempre dentro das possibilidades para não causar nenhum incômodo.

Quando concretizei 291 mil daimoku, eu e a minha neta recebemos uma proposta de emprego. Paralelamente, o rapaz que morava junto conosco decidiu voltar ao Brasil e assim ficamos os três integrantes da família no apartamento, pois a colocação nos foi oferecida pela mesma empreiteira do meu filho. Hoje, tanto eu como a minha neta, estamos satisfeitos com o serviço e comprovei no breve período de dois meses no Japão, a importância do desafio e da vitória. Muito Obrigado !

 Preciosa Colaboração de
Charles Tetsuo Chigusa chigusacharles@hotmail.com Tóquio - Japão
 


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