Relato de Experiência
Cecília
Sant´Anna de Assis
Meu nome Cecília de Assis e tenho 25anos e pratico há 16 anos.
Neste tempo todo, tive muitas comprovações em minha vida, e a principal eu
tive quando era bem mais novinha, com apenas 10 anos de idade.
Minha mãe se separou do meu pai quando eu tinha 07 anos e minha
irmã 10. Depois disso, ficamos morando com minha mãe por uns tempos, junto com
o seu novo companheiro. Não simpatizava com ele e nem ele comigo. Parecia que
estava prevendo algo ruim...Com o tempo ele foi se mostrando quem era e minha
mãe descobriu drogas na carteira dele e eles tiveram uma briga muito feia e
ela mandou ele embora. Só tinha um detalhe: o apartamento era dele e éramos
nós quem tínhamos de sair. A situação financeira foi ficando apertada pois meu
pai não confiava em dar dinheiro pra minha mãe achando que ela gastaria com
bobagens e como estávamos morando na casa do companheiro da minha mãe ele não
fazia compras pois não era mais o “homem da casa”.
Minha mãe começou a trabalhar como corretora de seguros desde
que se separou do meu pai para ajudar na renda familiar, mas a época estava
difícil para as vendas de seguro e tínhamos que economizar toda a comida que
ainda nos restava em casa. Eu comia pão duro com catchup, pois sentia fome e
vontade de comer um belo cachorro quente...mas não tinha dinheiro.
As coisas foram piorando e aí minha mãe decidiu desafiar no
Daimoku e fez 10 horas num só dia. Neste dia, não tivemos o que comer e foi aí
que conhecemos uma coisa tenebrosa: A fome.
No dia seguinte, minha mãe, só com o dinheiro da ida, foi pra
cidade trabalhar, foi decidida que conseguiria voltar pra casa cheia de
compras do mercado, mesmo assim, fomos pra escola e ela nos orientou para que
comêssemos a merenda e que esperássemos por ela pois ela iria cumprir o
prometido.
Ao chegar da escola,
percebi que ela estava demorando e comecei a ficar com fome de novo. Nossa
sorte é que sempre tivemos bons vizinhos e aí com a desculpa de brincas com
minhas coleguinhas eu aproveitei e filei um lanchinho na casa delas.
Minha
mãe finalmente chegou e para minha surpresa cheia de bolsas de mercado. Ela
chegou radiante dizendo: eu não disse! Eu sabia que essa daimoku não seria em
vão! Consegui fechar um seguro empresarial e o cliente ficou comovido com a
nossa história e pagou parte à vista para que minha comissão pudesse sair no
ato da assinatura do contrato. À partir daquele dia eu jurei a mim mesma que
jamais abandonaria esta Lei e a este Gohonzon.
Na
Divisão de jovens participei do mini festival na UERJ ainda no grupo 2001, em
1989, do festival para abertura da Rio-Eco 92 em 1992 no grupo da aeróbica,
pertenci ao Maravilhoso, fantástico e único GRUPO CEREJEIRA, e por último do
grupo Arco-Íris.
Hoje estou aqui para relatar dentre centenas de benefícios,
mais este, que é especial, pois é realmente um sonho realizado.
Me formei em Administração e desde então meu maior sonho era
trabalhar na área de Recursos Humanos. Fiz estágio por 2 anos e meio na GE,
mas não tinha nada haver com o que eu queria e também não haveria chances de
efetivação, portanto comecei a enviar currículos para diversas empresas...
No período em que estagiei na GE eu andava de trem para chegar
na faculdade no horário, mas sofria pois o horário do Rush é sacrificante para
qualquer um. Fiz muitas amizades no trem, tanto que vinha de cidade até Padre
Miguel jogando Sueca com meus amigos.
Mas quando não conseguia vir sentada, não ficava triste, só
imaginava que eu estava passando por uma pequena fase e que meu próximo
emprego me proporcionaria ônibus com ar condicionado.
Dito e feito. Numas dessas de enviar currículo, fui chamada
para uma empresa que me oferecia tudo isso, e o mais importante em um local
que estaria perto da minha nova casa, pois me casei em Novembro e vim morar em
Campo Grande.
Bem, ao sair da GE disse com toda a convicção que estaria indo
trabalhar numa empresa na área de RH. Fiz uma causa negativa, pois menti. Na
verdade fui trabalhar como assistente do Diretor Presidente. No início foi
duro, pois nunca gostei de ser chamada de secretária. Não gosto mesmo deste
cargo.
Neste período, tive a grande oportunidade de conhecer Quem era
o meu chefe na verdade. Uma pessoa muito Humana, Justa e simples, apesar do
cargo que ocupa.
Infelizmente ele deixou a empresa, mas antes ele me disse:
Cecília, vou sair da Empresa, mas pode ficar tranquila que antes de ir embora
vou resolver sua situação aqui. Fiquei muito feliz pois estava mesmo pensando
em conversar com ele para que ele me trocasse de setor, mas isso não foi
preciso. Ele leu meus pensamentos e me transferiu finalmente para o RH.
Parei para refletir sobre o que disse na GE em relação ao meu
novo emprego e percebi uma coisa: Se falamos algo com convicção, o Universo
registra e se for para o nosso bem, e se batalharmos por isso, se concretiza.
Creio que este grande benefício é em função da minha luta por
Chakubuku, pois no período de uma ano exatamente, eu já ensinei o
Nam-Myoho-Rengue-Kyo para umas 4 pessoas e uma delas está quase recebendo
Gohonzon. (ela participa em Niterói pois mora lá e a minha boa sorte é que uma
antiga dirigente minha também mora lá e pode levá-la na reunião). Ela está
adorando, está feliz e mais serena. Ela está na fase do aprendizado do Gongyo.
Mas acredito que logo logo ela já estará craque e principalmente pertencendo à
esta linda família Soka.
Vou terminando por aqui com uma orientação do Pres. Ikeda
escrita na Nova Ver. Humana que fica na minha mesa e leio todos os dias: O
mais importante para um jovem é não depreciar a si mesmo por suas condições de
vida, pois haja o que houver, a nossa prática da fé serve para desenvolver de
forma prazerosa a ilimitada potencialidade que existe dentro de cada um...
Tudo depende de com que disposição estão vivendo o presente.”
Da minha parte é só e muito obrigada!
Cecília de Assis
calmeida@valesul.com.br
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