Relato de Experiência
Luzimar Crates Fernandes


Meu nome é Luzimar Crates Fernandes, hoje tenho 29 anos de idade, dos dez aos dezessete anos, eu era uma menina sem perspectiva de vida, triste e infeliz, pois,  apanhava muito da minha mãe, ela por si mesma sentia vontade de me bater sem motivos, porém ela os inventava. Cansou de me deixar com fome, jogava minhas roupas no meio do quintal. Até que a minha vó me deu abrigo na casa dela, que não aceitava todo aquele sofrimento pra mim.

 Com essa situação, meu pai me matriculou em um colégio próximo ao trabalho dele. Porém ele trabalhava na Universidade Gama Filho, que tinha o colégio como patrimônio também. E ele ganhou uma bolsa integral, mediante a isso fui estudar no colégio Gama Filho. Com isso eu ficava menos em casa, e mais agarrada com ele, pois meu pai, era meus olhos, minhas pernas, minhas mãos, minha mente, por fim , era meu super-homem.

No dia 16 de Abril de 1996, aniversário do meu padrinho, minha mãe fez um churrasco para comemoramos, e ele recebeu um convidado muito especial que não via á anos, seu irmão mais velho e sua esposa. E enquanto todos se divertiam, eu estava no quarto da minha vó chorando, quando uma maravilhosa mulher chamada Delurdes, entrou no quarto e me perguntou! Por que está aqui sozinha? Chorando eu me desabafei e contei tudo que já havia me acontecido, e que naquele mesmo dia ela também havia me batido, e por isso eu estava no quarto.  Ela me disse seja forte, só você tem o poder de transformar tudo ao seu redor, e também o seu carma. Comece a recitar a palavra NAM-MYOHO-RENGUE-KYO. Então, ela me deu seu endereço, e pediu pra fazer uma visita e para aprender mais sobre o que ela havia me falado.

Quando eles foram embora eu comecei sozinha a recitar essa maravilhosa palavra Nam-Myoho-Rengue-Kyo, Comecei a me sentir melhor, com paz de espírito e comecei a acumular uma boa sorte sem saber.

No dia 30 de dezembro de 1996, eu pedi permissão para passar o ano novo na praia com a Delurdes, a mulher que me mostrou o caminho da felicidade, porém estava maravilhada com isso, seria minha primeira passagem de ano longe da minha família. Meu pai me autorizou, me despedi da minha vó e da minha mãe, e assim saímos juntos ele foi trabalhar e eu fui pra casa dela.

No dia 31 de dezembro, ligaram pra casa da Delurdes e pediram pra eu voltar pra casa, pois meu pai havia passado mal, eu achei que fosse brincadeira, só pra eu voltar pra casa. Então ela pediu pra eu ir pra casa e ver o que estava acontecendo, assim eu fiz, voltei pra casa. E infelizmente realmente era verdade, meu pai havia passado mal e estava internado na CTI em coma. Meu mundo naquele dia caiu e eu não estava acreditando que era meu pai, ou seja, não queria aceitar que fosse ele. Então tomei coragem e fui perguntar ao médico o que tinha acontecido, ele me respondeu que ele havia tido um Aneurisma Cerebral e se ele se recuperasse ficaria igual um boneco manuseado pelas pessoas. Voltei pra casa e comecei a recitar o Nam-Myoho-Rengue-Kyo , quando rompeu o ano estavam ali todos os meus familiares chorando eu fui para a varanda, comecei a fazer Daimoku com toda minha força e senti uma força positiva, então pensei meu pedido será realizado. Mais infelizmente no dia 01 de janeiro de 1997 recebi a noticia que meu pai havia falecido. Naquele momento eu percebi que toda oração que fazia em nome dele não tinha sido em vão, porém meu pai havia se livrado do sofrimento se tivesse sobrevivido. Eu estava na oitava série quando ele faleceu, eu não podia repetir se não perderia a bolsa de 100% que ele adquiriu pra mim, e eu estava prestes a repetir. Pois meu pai era o mantedor da família, e mediante a isso eu e minha família estávamos passando fome, as vezes catávamos tomate verde e comíamos angu puro para matarmos nossa fome, era um horror. Então decidi ir ao chefe do meu pai, perguntei a ele o que precisaria fazer pra trabalhar na Gama Filho. Ele me disse que só poderia após o término do segundo grau.                   

Então, fui pra casa da Delurdes contei tudo pra ela, ela me fez fazer três horas de daimoku, depois disso liguei pra universidade e pedi pra falar com o reitor, então a secretária dele atendeu e expliquei toda situação pra ela. Após duas semanas fui chamada pra fazer uma entrevista, a secretária me fez as seguintes perguntas: Se eu tinha noção em informática, datilografia ou coisas a fins. Eu a respondi que não! Mas qualquer trabalho seria bem vindo, pois eu não agüentava mais ver minha família sofrendo com fome. Ela pediu pra que eu fosse pra casa e aguardasse o contato. Fui direto pra casa da Delurdes contar a novidade, ela então se sentou comigo em frente ao Gohonzon e me disse: o tempo que eu vinha recitando Nam-Myoho-Rengue-Kyo, estava acumulando boa sorte, e a partir daquele momento eu iria determinar que tipo de emprego eu desejaria arrumar. Então já que era pra pedi, determinei mesmo na oitava série e sem nenhuma experiência, um trabalho que eu tivesse minha própria mesa, meu computador e etc.

Então no dia 01 de abril de 1997 fui chamada no RH e admitida como auxiliar administrativo da diretoria de assuntos estudantis da Universidade Gama Filho, porém tudo que eu determinei perante o Gohonzon se realizou, mantive minha família durante um bom tempo até a pensão do meu pai sair, e hoje tenho minha própria independência, sou casada e vivo uma vida maravilhosa graças a uma distinta mulher que foi me consolar no meu quarto em um dia de tristeza que involuntariamente me ensinou o caminho da felicidade recitando NAM-MYOHO-RENGUE-KYO.              

 Desejo muita boa sorte para todos. 

 Luzimar Crates Fernandes

Volta a seção de Artigos

 As Mais Belas Histórias Budistas
http://www.maisbelashistoriasbudistas.com/  - contato@maisbelashistoriasbudistas.com